sábado, 30 de novembro de 2013

ÁLBUM CANGACEIROS - HOMENS DE COURO #1 - BRASIL - WILSON VIEIRA - 2004





São Paulo, segunda-feira, 27 de janeiro de 1997

Autor quer retratar Lampião em HQ


CRISTIANE YAMAZATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Herói ou bandido? Com essa dúvida na cabeça, o roteirista de quadrinhos Wilson Vieira, 47, começou a pesquisar tudo sobre a vida do brasileiro Virgulino Ferreira da Silva, o "Lampião".
Lampião foi uma figura que liderou um grupo de nordestinos pobres armados e justiceiros, entre as décadas de 1920 e 1940.
Depois de cinco anos revirando livros e documentos, Wilson idealizou "Homens de Couro", série de 20 álbuns com desenhos em preto e branco que contam a vida de Lampião, assassinado em 1938.
No ano passado, o roteirista enviou o projeto para o Ministério da Cultura. E depois de alguns meses, "Homens de Couro" foi aprovado pela Lei Rouanet.
"Essa deve ser a primeira vez que o governo libera verbas para um projeto de HQ. Isso pode servir como incentivo aos criadores de histórias em quadrinhos", diz.
O valor do investimento autorizado, de R$ 352 mil, também chama atenção. "Quero fazer uma série impecável que possa ser vista no exterior. Pedi a quantia, e ela foi liberada."
Quanto à escolha do tema, Wilson conta que o seu objetivo é difundir uma versão mais verdadeira da vida de Virgulino Ferreira.
"Mais do que herói ou bandido, Lampião foi um ser humano que lutou pelas injustiças em uma região dominada pelos coronéis. Conhecer a sua vida ajuda a compreender melhor o Brasil."
Além da trajetória de vida de Lampião, Wilson também resgata na série "Homens de Couro" lendas brasileiras, tipo Mula Sem Cabeça, Saci Pererê etc.
Os "causos" são contados quando os cangaceiros se reúnem em volta da fogueira. Segundo ele, essa foi a ponte encontrada para divulgar um pouco do folclore brasileiro.
Centenário de Lampião
Em junho do ano que vem, será comemorado o centenário do nascimento de Lampião.
Para aproveitar a data, Wilson pretende divulgar e incluir seu trabalho em feiras e exposições que relembrem o centenário.
"Aproveitando a comemoração, gostaria que adolescentes e adultos conhecessem um pouco mais da história nordestina. E por que não em formato de HQ?" 

 Resenha: Cangaceiros - Homens de Couro

Por Eloyr Pacheco 

24/08/2005



Sempre soube da força que o quadrinho nacional tem ao seu dispor: as lendas, o folclore e as biografias de personagens fortes e carismáticos, como, nesta obra, Lampião. O quadrinhista Wilson Vieira, aparentemente, já sabia disso muito antes de mim. E, assim, criou um projeto que tomou muitos anos de sua vida, contar a história de Lampião em quadrinhos.
Cangaceiros - Homens de Couro  (formato 16 x 23 cm, 104 páginas) teve sua produção iniciada em 1985 e só foi lançado em 2004 pelo CLUQ - Clube dos Quadrinhos, através do selo Coleção Mandacaru. Wilson, levado a pesquisar e reunir subsídios para a sua história, chegou a conhecer Vera Ferreira, neta de Lampião e Maria Bonita e o Dr. Antonio Amaury Corrêa de Araújo, uma das maiores autoridades sobre Cangaço, que o incentivaram a perseverar. 
Em 1985 iniciou a série Homens de Couro. A primeira dificuldade foi encontrar um desenhista para iniciar uma parceria. 
Para ver sua história desenhada, o autor contratou o artista Eugênio Colonnese para executar o trabalho, arcando com todas as despesas da produção.
Em 1997, o escritor conseguiu ter seu projeto aprovado na Lei Rouanet, mas não conseguiu patrocínio para lançar a obra. 
Somente em 2004 foi publicado pela editora CLUQ o álbum Cangaceiros - Homens de Couro, ilustrado por Eugênio Colonnese com capa de Mozart Couto, narrando os primeiros 22 anos da vida de Virgulino Ferreira da Silva, o cangaceiro Lampião. 
Wilson Vieira às vezes parece ser didático (devido à sua grande pesquisa) ao contar a história de Lampião, obviamente para elucidar os leitores leigos sobre tal assunto e, às vezes, apaixonado pelas nossas raízes (ele viveu anos na Itália) ao incorporar a lenda da Mula Sem Cabeça em seu roteiro. 
Aliás, esse é um plano do roteirista, mostrar uma lenda do nosso folclore em cada capítulo da saga. 
Mais uma ousadia do quadrinista: ele pretende produzir vários volumes com a história do Rei do Cangaço, dos cangaceiros e cangaceiras.
Nesta edição, a passagem onde o cachorro Índio salva o menino Lampião de uma onça é especial. 
storytelling é perfeito. 
Com o passar do tempo o adolescente Lampião torna-se um grande vaqueiro e isso também é mostrado de forma agradável e atraente. Sem super-poderes, diante dos nossos olhos o personagem torna-se verossímil - como de fato deveria ser, pois ele realmente existiu e faz parte de nossa história - através de uma narrativa precisa e conduzida de forma competente. 
O clímax também é bem arquitetado e nos deixa ansiosos por um novo episódio da história.
Já Colonnese, humildemente, se deixa levar pelo roteiro e cumpre seu papel, simplesmente, preocupado em apenas narrar a ótima história que tem em mãos.

The wasteland, an arid and scorching climate a mystical and feudal surrounding where the might and greed of a few dominated many for matryrized and famishing generations. An outcry for justice abruptly broke the limits of reason, giving rise to a caste of nomad, strong, warring backwoodsmen; the CANGACEIROS - LEATHER MEN, who for decades sustained the meaning of the word: FREEDOM. 
A ravishing period, yet obscure, in the records of the history of a Nation and its people, seen as an ephemeral episode, but which trully goes much, much beyond...BRAZIL (northeast - 1897/1940). 
The series will be composed of through the end, stories telling the saga in chronological order of LAMPIÃO and his men from his birth to his death, Corisco´s death, the end of his group, and his movement called the "CANGAÇO". 
The first story, entitled "CANGACEIROS - HOMENS DE COURO #1" - (2004 - CLUQ), narrates the first twenty-two years of the main character and the reasons which led him to form his gang of independent "cangaceiros" several years later. 
This is an unpublished series in the world of comics, the Brazilian authors having undertaken a detailed historic research to describe a time and a country, a region and its characters (who now make part of the national folklore), the way they really lived in a world dominated by the lords of life and the death, the landlord. 
Action, suspense, adventure, mysticism, love, treason and death...the narration of the daily life of men and women shaped by the climate, the misery and above all the by the will to lead a free life, the CANGACEIROS - LEATHER MEN...CANGACEIROS - LEATHER MEN...to be continued...(by Wilson Vieira).

“Cangaceiros, homens de couro” de Wilson Vieira é o começo da história de Lampião até sua iniciação no cangaço. A trama, que tem uma pegada de suspense forte, dá ênfase ao lado social destacando o sofrimento que era viver no sertão com os problemas causados pela seca. A HQ aborda os 22 primeiros anos de vida do homem que virou símbolo do cangaço!

A epopeia dos homens de couro é tornar a narrativa mais interessante de acordo com a linguagem das histórias em quadrinhos. O ano é 1898. No sopé da Serra Vermelha, sertão pernambucano, vem á luz no dia 4 de junho o menino Virgulino, cujo nome foi tirado de uma revista de astrologia. Vinte e dois anos depois, ele daria início a saga do mais famoso fora da lei da história brasileira: o Cangaceiro Lampião.

A terra devastada, clima árido, abrasador, uma ambientação mística e feudal, onde o poder e a ganância de alguns, dominaram muitos, por gerações martirizadas e famélicas. 
O clamor pela justiça rompeu, abruptamente, a barreira da razão, forjando uma casta sertaneja, nômade, forte e guerreira; OS HOMENS DE COURO, que mantiveram por décadas, o senso da palavra: LIBERDADE. Uma fase arrebatadora, porém obscura, no registro da História de uma Nação e de seu povo. BRASIL - Nordeste - 1897/1940. By Wilson Vieira

"Cangaceiros – Homens de couro de Wilson Vieira é o começo da história de Lampião até sua iniciação no cangaço.
A trama, que tem uma pegada de suspense forte, dá ênfase ao lado social destacando o sofrimento que era viver no sertão com os problemas causados pela seca, os interesses e disputas locais e pelas volantes corruptas." - Lucas Pimenta

La terra desolata, un clima arido e rovente un luogo mistico e feudale, dove la forza e l’avidità di pochi dominano molte generazioni martorizzate e affamate. 
Una protesta per la giustizia bruscamente rotta dai limiti della ragione, dando luogo a una casta di nomadi, forti, bifolchi in guerra, "CANGACEIROS – HOMENS DE COURO" (CANGACEIROS - UOMINI DI CUOIO) uomini, che per decenni sostengono il significato di una sola parola: la libertà. 
Un periodo affascinante, ancora oscuro, nei documenti della storia di una nazione e del suo popolo, visto come un episodio effimero, ma che va molto, molto al di là … BRASILE (nord-est – 1897/1940). 
La serie sarà composta dall'inizio alla fine, per raccontare storie della saga in ordine cronologico di Lampião e dei suoi uomini dalla sua nascita alla sua morte, la morte di Corisco, la fine del suo gruppo, e del suo movimento chiamato "CANGAÇO". Il primo racconto, intitolato "Cangaceiros – Homens de Couro #1" - (2004 - CLUQ), narra la storia del personaggio principale e le ragioni che lo portò a formare la sua banda di indipendenti “cangaceiros” dopo diversi anni. 
Questa è una serie inedita nel mondo del fumetto, gli autori brasiliani che hanno intrapreso una ricerca dettagliata storica per descrivere un tempo e un paese, una regione e dei suoi personaggi (che ora fanno parte del folclore nazionale), il modo in cui realmente vissuto in un mondo dominato dai colonelli signori della vita e la morte, quest’ultima la vera padrone di casa. 
Azione, suspense, avventura, misticismo, amore, tradimento e morte … la narrazione della vita quotidiana di uomini e donne plasmate dal clima, la miseria e, soprattutto, dalla volontà di condurre una vita libera, i “CANGACEIROS - HOMENS DE COURO”...CANGACEIROS - UOMINI DI CUOIO - Serie by Vieira Wilson




A
editora italiana If Edizioni está republicando na Itália a série Mister No,
da Sergio Bonelli Editore.

Na segunda edição, a história L'ultimo cangaceiro (O último cangaceiro, publicada no Brasil em 1990 pela Record) inspirou um artigo sobre a HQ brasileira Cangaceiros - Homens de Couro, escrita por Wilson Vieira (nome conhecido entre os leitores de quadrinhos bonellianos na Itália), desenhada por Eugênio Colonnese - com capa assinada por Mozart Couto - e lançada em 2004 pelo CLUQ - Clube dos Quadrinhos.

Vieira foi o primeiro brasileiro a desenhar para a Marvel, ainda no início da década de 1980, na versão italiana da revista do Homem-Aranha e o pioneiro entre os artistas tupiniquins na Sergio Bonelli Editore; Colonnese ostenta o título de Mestre do Quadrinho Brasileiro e destacou-se nos anos 1960 produzindo gibis de terror.


“Banditi o Eroi?”
di Davide Castellazzi

Protagonisti del redazionale di questo numero sono i Cangaceiros, gruppi paramilitari brasiliani - banditi per il governo centrale ed eroi per le popolazioni più povere - a cui sono state dedicate opere firmate da autori di fama internazionale come Hugo Pratt, Hermann Huppert e Wilson Vieira.


The series will be composed of throught-the-end, stories telling the saga in chronological order, of Lampiao and his men from his birth to his death, Corisco's death, the end of his group, and his movement called the "cangaço".
The first story, entitled "Cangaceiros - Leather Men", narrates the first twenty-two years of the main character and the reasons which led him to form his gang of independent "cangaceiros" several years later.
This is an unpublished series in the world of comics, the Brazilian authors having undertaken a detailed historic research to describe a time and a country, a region and its characters (who now make part of the national folklore), the way they really lived in a world dominated by the lords of life and the dath, the "coronéis".
Action, suspense, adventure, mysticism, love, treason and death...the narration of the daily life of men and women shaped by the climate, the misery and above all the by the will to lead a free life, the Cangaceiros - Leather Men. 


LEATHER MEN - The wasteland, an arid and scorching climate a mystical and feudal surrounding where the might and greed of a few dominated many for martyrized and famishing generations.
An outcry for justice abruptly broke the limits of reason, giving rise to a caste of nomad, strong, warring backwoodsmen; the leather men who for decades sustained the meaning of the word: FREEDOM.
A ravishing period, yet obscure, in the records of the history of a Nation and its people, seen as an ephemeral episode, but which truly goes much, much beyond. Brazil (Northeast - 1897/1940). 



SYNOPSIS OF THE FIRST STORY - In the first story we introduce the twenty-one items wich describe the life of a common brazilian citizen by the name of Virgolino Ferreira da Silva, who, by the age of twenty-two, in 1920, became the famous 'cangaceiro" known as Lampiao.  



PRESENTATION: Map and manuscript, epoch description, baptism/prophecy,  childhood, northeasten games, the hunt to the "suçuarana", encounter with the "cangaceiros", faith healers, nickname, "the vaquejada" - (cattle round-up), persecution tho his family, first moving, separation from the family, second moving, mother's death, father's murder and revenge oath: poem written by Lampiao (manuscript).
We will also describe the reasons and circustances which led him to become an undisputed leader who commanded for many years an incredible and real crusade against the "coronéis" (the landlords), in the most desolated and mystic region of Brazil, the northeast. By VIEIRA


DECLARAÇÕES – Em 1997, em São Paulo, conheci a pesquisadora, jornalista e escritora Vera Ferreira, neta de Lampião e Maria Bonita. Ela me foi apresentada pela grande autoridade em Cangaço, Dr. Antonio Amaury Côrrea de Araújo, autor de vários livros sobre o tema Cangaço/Cangaceiros. Nessa ocasião, mostrei-lhes o projeto da série Cangaceiros – Homens de Couro e deles recebi palavras de incentivo, por escrito, que aqui transcrevo:

“Wilson é sempre bom para nós, termos pessoas como você, que apesar das dificuldades, não recua e luta para passar de uma forma tão sua essa nossa história tão polêmica e apaixonante. Obrigada e boa sorte, da autora e neta de Lampião e Maria Bonita.”  
Um abraço,
Vera Ferreira
São Paulo, 12/09/97

“Ao Wilson Vieira interessado e estudioso da história do cangaço, conhecedor e divulgador da saga lampiônica, com as homenagens do autor.”
Antonio Amaury Corrêa de Araújo

São Paulo, 12/09/97 
















REVISTA PRISMARTE TERROR - BRASIL - KWI-UKTENA - WILSON VIEIRA - FRED MACÊDO


 


REVISTA MÁQUINA ZERO - BRASIL - CENSURADO - WILSON VIEIRA E ALOÍSIO DE CASTRO


 

NONA ARTE - BRASIL - PAIXÃO DE VIEIRA E MACÊDO


 

LIVRO SAGAS VOLUME 2 - ESTRANHO OESTE - BRASIL - CONTOS







 

Feiticeiros, mortos-vivos, espíritos ancestrais! Aventure-se através de desertos misteriosos e cidades fantasmagóricas no segundo volume da série Sagas. Estranho Oeste apresenta cinco histórias arrepiantes, escritas por alguns dos melhores autores da Literatura Fantástica brasileira. As trilhas selvagens do Velho Oeste nunca mais serão as mesmas!
Bisão do Sol Poente - Duda Falcão
Aproveite o Dia - Christian David
Fé - Alícia Azevedo
Justiça… Vivo ou Morto! - M. D. Amado
The Gun, the Evil and the Death - Wilson Vieira


O último conto, The Gun, The Evil And The Death, de Wilson Vieira, fecha o livro em grande estilo. O autor narra a história de Tom William, um assassino orgulhoso e que enfrentará uma situação assustadora e desconcertante. Porém, o que o William não espera é que seu passado possa ser usado contra você.
Neste conto há uma mistura de terror e horror clássico, além de um suspense muito bem trabalhado. Este é um conto que dará medo nos menos corajosos, principalmente o fim da narração. Wilson soube trabalhar muito bem os personagens e o cenário, tornando tudo propício para uma boa história de terror.

Prefácio - Thomaz Albornoz
Ilustração - Fred Macêdo
Cor - Robson Albuquerque
Projeto Gráfico - Roberta Scheffer
Dados da obra:

  • ISBN 978-85-64076-01-3
  • Brochura – 12 x 18 cm
  • 1ª Edição – 2011
  • 144 páginas

ÁLBUM (HQ) GRINGO - O ESCOLHIDO - BRASIL - WILSON VIEIRA E ALOÍSIO DE CASTRO - 2006 - 2022
























Os autores, na realização da animação GRINGO. Foto de Wagner Augusto.











GRINGO - Li e recomendo!
Histórias do Velho Oeste
Eu muito já tenho lido
Com índios em pé de guerra, 
Com mocinho e com bandido,
Mas nem uma tão chocante
Como GRINGO, O ESCOLHIDO!

Em uma época brutal
Vigora a lei do mais forte
Onde pra sobreviver
Tem que contar com a sorte
Gringo segue, sem destino,
Pelas veredas da morte!

Quem gosta de faroeste
Com enredo de primeira
História que se completa
Com arte na trama inteira
Recomendo esta HQ
De Castro e Wilson Vieira!

Rouxinol do Rinaré (Antonio Carlos da Silva)


A HQ Gringo – O Escolhido (2006), escrita por Wilson Vieira e ilustrada por Aloísio de Castro no início dos anos 1980, levou mais de 20 anos para ser publicada – o que só aconteceu graças ao empenho de Eloyr Pacheco, que organizou o material “engavetado” pelos autores e apresentou o projeto à Nomad Editora, fazendo com que a empresa se interessasse pelo livro e o publicasse.
A história do mestiço Gringo se passa em 1865, quando o filho de mãe sueca e pai mexicano, que sobreviveu à Guerra Civil Americana (também conhecida como Guerra da Secessão e aconteceu entre 1861 e 1865), tenta levar sua vida adiante. Infelizmente, o ex-soldado precisa lidar com várias pessoas interessadas em se apossar de suas economias: um casal de vigaristas que vende um “elixir milagroso”, um xerife que está atrás do autor de vários assassinatos em sua cidade, um prisioneiro assaltante de bancos e um grupo de violentos comancheros. Tiroteios, uma explosiva fuga da prisão e uma luta de Gringo contra um verdadeiro gigante estão entre os ingredientes que Vieira juntou para contar essa aventura no melhor estilo “faroeste italiano”. Os excelentes desenhos de Castro são de importância fundamental para os leitores entrarem no clima de Velho Oeste da HQ; a arte pintada da capa do livro é do sempre competente Renato Guedes.
Os “extras” do álbum são muito bons: Prefácio de Eloyr Pacheco; matéria O Azul, o Cinza e o Vermelho, na qual Wilson Vieira conta como foi a Guerra Civil Americana; Book Gallery de Aloísio de Castro, com várias ilustrações inéditas do artista; Art Gallery, com pin-ups produzidas por Sam HartCaio MajadoAnderson CabralSandro CastelliJulia Bax e Mantovani; biografias dos autores; e Posfácio de Wilson Vieira. A edição da Nomad tem alguns problemas, como a repetição de imagens ou detalhes de imagens em diversas seções do livro (Índice, Book Gallery, etc); o uso (na Book Gallery) de desenhos em baixa resolução, o que provocou o “serrilhamento” dos mesmos; a ausência de um texto sobre os desenhistas da Art Gallery; e a falta do devido crédito a Matheus Rodrigues Pacheco, o responsável pelo escaneamento e tratamento de imagens da HQ, que realizou um excelente trabalho de restauração das páginas originais.
Apesar do resultado ter ficado aquém do pretendido por Eloyr Pacheco, pois o fechamento final do livro foi feito pela equipe da Nomad (com pouca experiência na área de Quadrinhos), Gringo – O Escolhido é uma excelente opção de leitura para os fãs de HQs, principalmente os que gostam de um bom Faroeste. By Humberto Yashima - Site Bigorna - 17/08/1007



Um mestiço sem nome. 

Um punhado de dólares americanos.

Uma quadrilha de mexicanos malfeitores. 

Um verdadeiro spaghetti western Brasileiro em quadrinhos.

 Arriba...GRINGO!! 

SÁBADO, DEZEMBRO 09, 2006

Wilson Vieira - Gringo o Escolhido

Wilson Vieira é um nome ainda pouco conhecido aqui no Brasil, sendo especialíssimo para a turma que curte os fumetti Bonelli, como Tex, Zagor e Companhia. 
Esse velho conhecido do pessoal do site Texbr e do fórum mantido por eles é um paulistano nascido em 1949 que migrou para receber ares italianos a partir de 1973. 
Apesar de não migrar com a ideia de ser desenhista de quadrinhos(ou fumetti), viu-se embrenhado pela nona arte a partir do Istituto d´Arte Lorenzo de Medici di Firenze onde concluiu o curso de artes. 
Embrenhado no curso, Vieira começou a trabalhar com diversos personagens de quadrinhos italianos (Fumetti), como Diabolik e Tarzan, Homem-Aranha, sendo, depois, um artista brasileiro a trabalhar na famosa Editora de fumetti Sergio Bonelli, desenhando para o personagem Il Piccolo Ranger (O Pequeno Ranger). 
Em 1980 Vieira conhece o jornalista Wagner Augusto, e decide retornar ao Brasil. 
Entre 80 e 83 Wilson Vieira ajudou os quadrinhos nacionais lecionando desenho ou ilustrando material para a Grafipar. 
A partir do final de 83 o artista decide se afastar dos desenhos e passa a fazer roteiros de histórias em quadrinhos. 
A partir daí inicia a produção de um personagem cuja idéia foi gerada ainda na época dos fumetti na Itália. 
Gringo - O Escolhido é a mais nova obra do autor, trazida a público depois de 23 anos engavetada. 
Graças ao editor Eloyr Pachecoum fanático e empenhado amante de quadrinhos nacionais, nós podemos conferir a obra, que é sucessora de outro álbum nacionalíssimoCangaceiros - Homens de couro. 
Gringo conta a história de um mestiço (filho de mãe sueca e pai mexicano) tarado por café brasileiro que sobrevive à guerra civil norte-americana e disputa um alforje com um bando de sanguessugas vagabundos e bandidos mexicanos, além de um xerife ambicioso e um prisioneiro duvidoso. 
Esta obra conta com o enredo de Wilson Vieira, desenhos de Aloísio de Castro e também a bela ilustração da capa de Renato Guedes. 
Os quadrinhos nacionais estão precisando de mais iniciativas como esta. Compre o seu e divirta-se.